terça-feira, 28 de setembro de 2010

o poema se faz
com o barulho dos ossos.

a poesia é ruído
distúrbio, transgressão
(os sons do corpo mamífero).

o poema cria
o abismo com violinos
e a vertigem
(as alucinações caóticas
do deserto do real).

a poesia é o incêndio
do encontro e o acaso:
olhos do nômade
na paisagem de animais.

a poesia é o vinho
da visão.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

em memória de rafael banana

a grande boca
do incompreensível
mordeu meu amigo
no peito

e me deixou aqui
no abismo.