sábado, 5 de outubro de 2013

apropriação do relato do pato, da morte e da tulipa

não haverá lago, não haverá ego. subiremos
numa árvore e não desceremos logo.

entre os galhos, entre as folhas ficaremos
e então, iremos para as raízes, decompostos

e recompostos.

luz do sol, energia da lua:
sobre nossa carcaça surgirá
a alma de um dervixe que gira
e antecipa o vermelho da tulipa.

assim é a vida, pensou a morte.

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

o riso é oração,
a razão é covarde.

a tarde da mente,
o dente do improviso.

visões, fricção
da pele com a terra,

experiência da quietude, alma
fértil para sementes de alegria.
melhor dizer amanhã,
molhar e ser a manhã.

melhor dizer amanhã,
molhar e ser a manhã.