você descascando limão debaixo do sorriso da lua,
o aprendizado contínuo da lentidão, a barriga imensa
das noites tristes, um pedaço de fígado pendurado
nos dentes de vidro da estátua verde do big kahuna
você acenando para discos voadores, aparando a barba
da mansidão banguela, a voz do ventríloquo pedindo
um pouco de tequila, duas clavículas encharcadas
de lágrimas e milagres, o sol velhinho na hidroginástica
você mascando tabaco, macerando as folhas de manjericão,
o encontro dos sapatos com as tartarugas num jogo de pôquer,
as dúvidas tirando um cochilo na calçada, pernas batendo papo
com o vento feiticeiro e meus ossos repetindo o mantra:
wakin in the dawn of day, don't know why i ever go away.